Trabalhadores da Saúde em Greve por Melhores Condições de Trabalho
Os trabalhadores da saúde em Portugal estão em greve nacional esta sexta-feira, numa paralisação de 24 horas convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS). O objetivo é exigir melhores condições laborais, valorização da carreira e a negociação do acordo coletivo de trabalho1.
Principais motivos da greve:
- Valorização da carreira dos técnicos auxiliares de saúde, criada há dois anos, mas ainda sem o devido reconhecimento como carreira especial do Serviço Nacional de Saúde (SNS)1.
- Cansaço dos trabalhadores perante a falta de ações concretas para dignificar a profissão1.
- A federação destaca que “vinte e nove mil trabalhadores são muitos para continuarem invisíveis”, sublinhando que o novo Governo não pode continuar a ignorar e menosprezar a importância destes profissionais na garantia da qualidade dos cuidados prestados à população1.
Greve às Horas Extra e Cirurgias Adicionais
Além da paralisação geral, iniciou-se também uma greve às horas extraordinárias e às cirurgias adicionais no âmbito do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), convocada pelo Sindicato Nacional do Trabalhadores dos Serviços e de Entidades com Fins Públicos (STTS). Esta greve prolonga-se até 31 de dezembro e visa exigir:
- Reposição dos pontos do Sistema Integrado de Gestão e Avaliação do Desempenho na Administração Pública (SIADAP) retirados aos trabalhadores como contagem de tempo de serviço para progressão remuneratória1.
- Regularização das avaliações de desempenho1.
- Reconhecimento da carreira de Técnico Auxiliar de Saúde como profissão de desgaste rápido1.
- Contratação de mais profissionais e aplicação do subsídio de risco1.
Os serviços mínimos estão garantidos para tratamentos ininterruptos, como quimioterapia e hemodiálise já iniciados1.
Adesão à Greve
- Em Lisboa, a adesão à greve dos técnicos auxiliares de saúde ronda os 90%1.
- No Porto, a paralisação afetou principalmente as cirurgias programadas e internamentos no Hospital de S. João, com adesão superior a 80% e apenas um bloco operatório em funcionamento1.
Contexto Político
A ministra Ana Paula Martins, apesar das polémicas durante o seu mandato, mantém-se à frente da pasta da Saúde, tendo sido novamente escolhida por Luís Montenegro para liderar a lista da AD pelo distrito de Vila Real1.
Créditos: Artigo adaptado de SIC Notícias.
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